Vou começar fazendo algumas perguntas:
-Que impacto você causa nas pessoas?
-Você tem uma "marca pessoal"?
-O que diferencia você dos outros?
-Você é lembrado(a)?
-Com qual frequência você tem que se reapresentar?
-Você sabe fazer-se notar positivamente?
-Você conhece sua reputação?
-Qual a imagem ideal da sua profissão?
-Você está constantemente preparado para as oportunidades?
-Você se veste para quem você quer ser ou para quem você é hoje?
-Você se impressionaria com “você” na rua hoje? Você se notaria?
-Você é uma pessoa marcante?
Basta sair um pouquinho de si mesmo e imaginar como as pessoas te percebem. É um exercício muito enriquecedor eu posso sugerir algumas situações nas quais você, ao se colocar na perspectiva alheia de seu interlocutor e de seu cliente, perceberá que recebeu apenas o que ofereceu. Foi uma retribuição. É a lei da ação e reação.
A visão é responsável por quase 80% de nossa percepção. Suas roupas e acessórios comunicam muito sobre você ao mundo. As mensagens que você envia a aqueles que vêem você determinam a forma como os outros reagem a você. Os equívocos podem ser evitados se a qualidade projetada pelos símbolos que você ostenta em sua imagem forem bem escolhidos.
Em toda comunidade profissional existem pessoas cuja aparência nos leva a concluir que são líderes e aquelas que não duvidamos que sejam liderados. Isso se dá porque a imagem dessas pessoas transmite dados que transformamos em pistas visuais e, juntando as peças, categorizamos seu nível de profissionalismo, sofisticação, capacidade, inteligência, instrução, autoridade. Todos os profissionais, independente de qual seja a área de atuação, podem ter uma marca pessoal - médicos, professores, engenheiros, religiosos, garis, executivos, todos podem se destacar, se diferenciar e ser lembrados - e existem vários fatores que compõem sua marca pessoal. E a imagem é um dos mais importantes.
Estamos sempre desenvolvendo uma relação com todas as imagens que vemos. Antes mesmo de conversar com uma pessoa, de trocarmos sequer uma palavra, já iniciamos um relacionamento com ela, seja de admiração, repulsa, curiosidade, simpatia. Basta vê-la e já começamos a trabalhar nossa mente, a desenvolver esse relacionamento ou julgamento.
E como imagem não pense apenas nas roupas que você usa, nos sapatos que calça, ou no corte de cabelo. Imagem envolve muito mais conceitos. A adequação passa por todo um contexto que envolve além de todos esses componentes, seu comportamento, gestos, tom de voz, termos escolhidos e postura que ajudam, e muito, a formar sua imagem pessoal, a sua marca e, com o tempo, a sua reputação.
Você sabe o que é estereótipo? Estereótipo é a imagem preconcebida de uma pessoa, coisa ou situação. É usado principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. Há o estereótipo do aluno aplicado, do jovem rebelde, da pessoa romântica, do homem preguiçoso, da mulher executiva, do professor exigente, do deficiente físico, da pessoa idosa... Para cada um desses exemplos que citei, uma imagem se formou de forma automática em sua mente. Preste atenção a um detalhe importante: você não lembrou de um cheiro ou de um som, uma fala ou um sabor, mas o que veio à sua mente foi uma imagem, uma marca que alguém imprimiu em suas lembranças, em alguma situação de sua vida, e que agora serve de modelo, de parâmetro, de exemplo para que ao surgir determinada referência você encaixe, se situe. Você recorre a um banco de dados mental.
Se eu te pedisse para pensar em um ficólogo, como o descreveria? Provavelmente você não encontrou no seu acervo uma imagem para este termo. Sabe por que? Porque nunca viu um ficólogo, ninguém que você conheça tem essa profissão, então não tem uma imagem para associar a essa palavra. Ficólogo é o profissional que estuda algas!
Que imagem as pessoas têm quando lembram de você? Você sabe qual é a sua fama como profissional? A sua reputação reflete a percepção social de seu comportamento, dos seus valores, de sua identidade, imagem, personalidade. A sua formação se dá a partir da qualidade e constância dos relacionamentos que estabelece com amigos, clientes, colaboradores, contratantes, contratados e até mesmo com sua família e tem muita relevância na composição de sua marca pessoal.
É essencial que sua imagem seja atraente, confiável e até mesmo sedutora. Não a sedução carnal, sexual, libidinosa, mas que desperte o interesse pelo seu conteúdo, por suas ideias e forma de agir, além de não induzir a julgamentos errôneos e desfavoráveis a seu respeito.
Uma imagem confortável ou instigante pode gerar empatia, sintonia, confiança, e ter grande relevância nas relações que desenvolvemos. Se você ostentar uma imagem que não seja conflituosa com os conceitos e valores de seu interlocutor, se não lhe causar demasiada estranheza ou desdém, já começará esse relacionamento somando alguns pontos ao seu favor. Nos relacionamos de forma mais harmoniosa e condescendente quando ocorre esta identificação com o outro. É natural. O homem é um animal gregário, vive em bandos, em grupos que se aproximam por identificação e afinidades. O sentimento de pertencimento é potencializado pela imagem que apresentamos.
O homem é um ser visual, constrói uma “história”, um currículo para todos os que o vêem em questão de segundos. Em muitos casos a oportunidade é perdida já neste primeiro momento. Não acredito na máxima: “a primeira impressão é a que fica”. É possível sim construir uma nova imagem, mudar impressões, rever julgamentos. Mas convenhamos que é um desperdício de tempo. Muito mais produtivo e interessante é causar a impressão adequada, no momento certo e não ficar “refazendo”, reconstruindo sua imagem.
É frequente eu ouvir frases como: “que vergonha estar vestido assim... se eu soubesse que encontraria com você hoje, teria me arrumado”. Ora, a não ser que você trabalhe em local isolado, sem contato com o público, só tendo uma bola de cristal para prever com quem se encontrará ao longo do dia. Além disso, toda e qualquer pessoa com quem você se relacione é seu potencial cliente: seu colega de trabalho, seu vizinho, seus amigos e parentes - seu chefe é seu cliente todo o tempo, desde o começo. Não se limite a estar apresentável, confiável e seguro apenas nos momentos predeterminados. As oportunidades não marcam hora para surgir.
Convencer de primeira, acertar já no começo é a minha proposta. Dê uma boa olhada em você mesmo no espelho. É isso que os outros veem. Sua carreira pode começar a decolar ainda na carteira da faculdade, durante seu estágio, numa conversa informal durante um voo, num curso de fi m de semana. Eu já consegui prospectos em todas essas situações.
Pense em alguém da sua área de atuação e que você admira. Como essa pessoa se veste? Qual o seu estilo? Sobre quais assuntos ela fala? Como ela transmite seus conhecimentos? Qual é a sua postura? Como é seu trato com as pessoas? O que exatamente lhe impressiona? A minha sugestão é para que você perceba que vários atributos formam a imagem que lhe causa essa boa impressão, a admiração.
A boa postura, saber comportar-se em situações de aparente “normalidade”, quando todos estão relaxados, também conta bastante. A sua conduta é avaliada em momentos de estresse e nos de calmaria. É preciso ter constância em tudo. Isso lhe imprime uma reputação de segurança, credibilidade, estabilidade. Estar em condições de a ngir seu obje vo sempre para não ser pego de surpresa. Em caso de necessidade, de urgência, você será naturalmente lembrado. Nas situações em que se dispõe de mais tempo para análise, como em uma promoção, essa constância também será levada em consideração. Acredite.
Para todo ambiente de trabalho, área de atuação, existe um código de vestimenta que chamamos de dress code, mesmo que não seja expressamente impresso em um documento de conduta. Trabalhar numa empresa e só estar apresentável em situações pré-agendadas, não ter constância, exibir uma postura desleixada, sensual ou muito rígida demonstra uma falta de respeito ao dress code, uma falha ao ler a postura esperada de um bom profissional, de uma pessoa capaz e competente.
Alguns downlines me perguntam: "tenho que ficar o tempo todo vestido assim? Não dá para ter uma folguinha no final de semana?" Lógico que dá! Fique à vontade... Mas eu tenho algumas ponderações a fazer. Sabe aquela história de que justamente no dia em que você sai despreparado você encontra com o seu maior rival, ou com aquela garota que pretende impressionar? Ou um cliente em potencial? Pois é, Murphy nunca dorme! Exatamente quando você achar que não há chance de precisar da sua imagem, surgirá aquela tão sonhada oportunidade! Eu já prospectei na fila do supermercado.
Você também terá que resistir à tentação de continuar a agir e se comportar como sempre fez. O processo de adequação não é agradável todo o tempo. Mexe com sua zona de conforto. Portanto, será preciso ser forte para manter o foco e colher os resultados pretendidos. Ousar outras formas de encarar e se portar em uma situação e se dar a chance de ser notado, reconhecido, é uma experiência única e construtiva. As demandas são individuais. A Marca é pessoal, a identidade é personalíssima e deve ser tratada como tal.
Como disse, é imprescindível que você adquira autoconhecimento. Antes de tudo é preciso identificar qual é a sua missão, visão e valores, e então planejar uma estratégia para gerir sua Marca Pessoal, para ser notada, reconhecida e lembrada. Então, reveja aquelas perguntas do começo deste ar go, reflita sobre cada uma delas. Não se acanhe em recorrer ao auxílio de um profissional.
Pense, aja e encante e MUDE! O sucesso está logo alí na esquina. Vai encará-lo ou deixar pra outro?